sexta-feira, 24 de julho de 2009

Aluno, ator do "Teatro da Vida"

Queridos estudantes!!!!

Como é bom estar com vocês e compartilhar dos vários conhecimentos existente em nossa sociedade e como é bom deixar um palavra que toque o seu coração. Espero que gostem da reflexão!!!



O ser humano é filho de Deus, e, no que concerne à Imagem Verdadeira, não adoece, não comete pecados nem é fadado a morrer.

Mas as pessoas deste mundo são sujeitas à morte, adoecem, praticam maus atos e, como conseqüência, sofrem e se angustiam. Tudo isso é falso aspecto, não passa de sombra.

A vida fenomênica é como um teatro. No palco, desenrolam-se várias cenas: espadachins lutando, vigaristas, uma jovem doente, um ancião moribundo etc. Os atores desempenham bem os respectivos papéis. Quando a peça termina e as cortinas se fecham, os atores felicitam uns aos outros trocando palavras como: “Ufa! Que bom que hoje também deu tudo certo. Agora podemos ir para casa, tomar um banho reconfortante e dormir. Boa noite a todos”. E todos se retiram andando normalmente. No palco já não se encontram nem doentes, nem mortos, nem pecadores.

Esta vida é um grande “teatro”, cujos atores são todos maravilhosos filhos de Deus. Doentes, vigaristas etc., que surgem no “palco da vida”, não passam de papéis que os filhos de Deus interpretam.

No “palco da vida”, atuamos conforme o enredo criado por nós próprios. No teatro real, todos os atores escalados para uma peça recebem o script e atuam conforme o enredo escrito pelo autor. Mas, no “teatro da vida”, cada pessoa cria na mente, a seu critério, o papel que vai interpretar. Em outras palavras, cada qual determina o seu papel e a sua fala. Alguns pensam: “Sou doentio, tenho constituição fraca”, e assim, passam a interpretar esse papel nesta vida. É algo bastante simples. Outros pensam: “Sou um indivíduo mau, imprestável. Tenho de roubar para sobreviver”, e passam a viver conforme esse pensamento. Em resumo, as pessoas passam a vida interpretando o papel que elas próprias atribuíram para si.

Na verdade, todos somos filhos de Deus, livres da doença e da morte, e, por sermos dotados de capacidade infinita, temos grande habilidade. Somos todos “excelentes atores” e interpretamos com perfeição os nossos papéis no “teatro da vida”.

Identificamo-nos perfeitamente com nossos respectivos personagens e nem imaginamos estar representando. Cada um age de acordo com sua mente, e os outros não pensam que ele está interpretando um papel. Aliás, nem a própria pessoa percebe que está representando no “palco da vida”. Assim, leva uma vida cheia de aflições, adoece, sofre, se definha e, por fim, morre.

Mas, embora pareça ter morrido, na verdade não morreu. O “teatro da vida” não terminou, mas a pessoa, após representar a cena da “morte”, se retira do palco, sabendo que permanece vivo. Posteriormente, surge em um novo “palco da vida” condizente com sua preferência, representando outro papel. Em suma, o ser humano, sendo filho de Deus, é perfeito e imortal.

Bibliografia

Da revista Hikari no Izumi (Fonte de Luz), ano XXXII, 09/71, pp. 2-3
disponível no site: http://www.sni.org.br/exibe_noticia.asp?id=56 Acessado em 24/07/2009.

quinta-feira, 7 de maio de 2009


Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Educação da Universidade Nove de Julho como exigência parcial para obtenção do grau de Pós-Graduado sob orientação do Prfº Ms. Jorge Luís Torresan.





PAULO RICARDO VELANE DA SILVA


O DISCURSO POLÍTICO DO PERÍODO ELEITORAL: UMA ANÁLISE DA CONSTITUIÇÃO DAS IMAGENS E DOS PRESSUPOSTOS NO DISCURSO DOS CANDIDATOS MARTA E KASSAB NA DISPUTA DO SEGUNDO TURNO PELA PREFEITURA DE SÃO PAULO




UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
São Paulo
2009



“Todo governo [...] é em parte um governo da palavra e da imagem.”
Marc Augé, Por uma antropologia dos mundos contemporâneos, Bertrand Brasil, 1997.




RESUMO


O objetivo deste trabalho é entender como os candidatos - Marta Suplicy e Gilberto Kassab - constroem seus discursos no processo da disputa eleitoral para o cargo de prefeito da Cidade de São Paulo no ano de 2008. Especificamente, levantaremos as informações implícitas e analisaremos de que forma os candidatos Marta Suplicy e Gilberto Kassab constroem sua imagem e a imagem do outro, por meio da linguagem, a fim de chamar a atenção da população em busca dos votos. Para alcançar esse objetivo utilizaremos o conceito de pressupostos segundo a autora Ingedore Koch, e a teoria da formação imaginária proposta por M. Pêcheux. As questões que sustentam a nossa análise são: a) qual dos candidatos empregou um discurso mais agressivo? b) qual deles apostou mais na sua própria imagem? c) qual deles apostou mais na difusão do plano de governo? O corpus deste trabalho é constituído por panfletos dos dois candidatos, distribuídos pelas ruas da cidade.

Palavras-chave: discurso político, marketing político, pressupostos, formação imaginária.



ABSTRACT


The objective of this work is to understand as the candidates - Marta Suplicy and Gilbert Kassab - construct its speeches in the process of the electoral dispute for the position of mayor of the City of São Paulo in the year of 2008. Specifically, we will raise the implicit information and we will analyze of that it forms the candidates Marta Suplicy and the Gilberts Kassab construct to its image and the image of the other, by means of the language, in order to call the attention the population in search of the votes. To reach this objective we will use the concept of estimated according to author Ingedore Koch, and the theory of the imaginary formation proposal for M. Pêcheux. The questions that support our analysis are: a) which of the candidates used a more aggressive speech? b) which of them bet more in its proper image? c) which of them bet more in the diffusion of the government plan? The corpus of this work is constituted by pamphlets of the two candidates, distributed for the streets of the city.

Word-key: speech politician, marketing politician, estimated, imaginary formation.



INTRODUÇÃO

Os sujeitos e suas ações na sociedade, desde os atos mais simples até os mais complexos, são constituídos pela linguagem. Diante disso, compreendemos linguagem como trabalho e não apenas como suporte do pensamento, ou como o elemento necessário pela sustentação do processo comunicativo – definições que não dão conta do complexo funcionamento da linguagem. (Torresan, 2001: 1).


Linguagem e interatividade são termos que se complementam. O processo interativo resulta em produção de diversos discursos, cuja finalidade de seus produtores deixa de ser, em vários casos, uma simples comunicação gratuita e sim uma criação de efeito de sentido, afinal a linguagem enquanto discurso é interação, é um modo de produção social; ela não é neutra, inocente (na medida em que está engajada numa interacionalidade) e nem natural, por isso o lugar privilegiado da ideologia. (Brandão, 1996: 12). A linguagem é compreendida como lugar de conflito, de confronto ideológico, não podendo ser separada do momento histórico.


Os estudos sobre o discurso têm sido alvo de várias áreas do conhecimento, cada qual com suas preocupações e abordagens tais como a Psicologia, a Filosofia, a Política, a História, a Linguística e outras mais que se preocupam e veem o discurso como um valioso elemento da produção humana.


Diante disso, os estudos da linguagem ganham espaço áreas como a Fonética/Fonologia, Morfologia, Semântica, a Sociolinguística, a Psicolinguística e a Análise do Discurso, área que nos deteremos neste trabalho e que vê no discurso a união dos aspectos linguísticos atrelados aos aspectos sociais e históricos, e que pode ser entendida como a tentativa de ruptura de duas barreiras: a que impede a passagem da frase ao discurso e a que separa a língua da fala, ou melhor, dos fatos sócio-históricos que a envolvem. (Barros, 1988: 02).


Por análise do discurso podemos entendê-la também como uma disciplina que pretende “colocar o estudo do discurso num outro terreno em que intervêm questões teóricas relativas à ideologia e ao sujeito” (Pêcheux e Fucks, 1975: 165), e com a intenção de “explicar como o texto diz o que diz e por que o texto diz o que diz” (Fiorin, 1990: 173). Além disso, para Brait (1996: 97), a AD:

Aparece como uma dimensão do estudo da linguagem que tanto pode ser assumida teoricamente por diferentes semânticas, de abrangência frástica ou transfrástica, como pode, ainda, envolver objetos outros além do verbal, dependendo necessariamente do conceito de linguagem aí implicado. As diferentes vertentes que se denominam ou são denominadas ‘análise do discurso’, pelo fato de terem de lidar com a linguagem em funcionamento, resguardam a identidade de seu objeto e de sua perspectiva teórica, explicitando o conceito de linguagem aí envolvido ou mantendo-o subentendido, pressuposto, no caminho encontrado para a descrição e a análise.

Para a Análise do Discurso, o discurso é uma prática, uma ação do sujeito sobre o mundo. Por isso, sua aparição deve ser contextualizada como um acontecimento, pois funda uma interpretação e constrói uma vontade de verdade. Quando pronunciamos um discurso agimos sobre o mundo, marcamos uma posição - ora selecionando sentidos, ora excluindo-os no processo interlocutório.


Optamos, neste trabalho, por analisar um gênero discursivo que constitui um lugar privilegiado da relação entre a língua, a história e a ideologia: o discurso político. O discurso político constitui-se em corpus privilegiado da AD desde a sua primeira fase[1]. Trabalharemos, no interior do discurso político, especificamente com o discurso eleitoral das eleições 2008 para prefeito de São Paulo, onde figuram como concorrentes do segundo turno: Marta Suplicy[2] (PT) e Gilberto Kassab[3] (Democratas) que veicularam suas propagandas em panfletos distribuídos pelas ruas que cortam a (Praça da República-região central da cidade de São Paulo) durante o segundo turno das eleições para prefeito de São Paulo.


Esta dissertação está organizada em quatro capítulos. No primeiro, traçamos as características gerais do discurso político, mais precisamente características do marketing político que “comanda” o discurso político, sem nos determos ao desenvolvimento histórico e levantamos as principais estratégias do marketing político. Essas considerações servirão para compreender o tipo de estratégia discursiva organiza o discurso utilizado pelos candidatos: Marta Suplicy e Gilberto Kassab.


No segundo capítulo, tratamos da fundamentação teórica que embasa nossa análise. Utilizamos concepção de formações imaginárias proposta por Pêcheux (1993) e o conceito de pressuposto e implícitos tratados por Ingedore Koch.


O capítulo terceiro trata da metodologia da pesquisa contendo uma exposição detalhada dos objetivos, do corpus e dos procedimentos de análise desta pesquisa.


No quarto capítulo, se dá o início e desenvolvimento da análise, onde verificamos como se dá a formação imaginária por meio dos pressupostos. A intenção é destacar como cada candidato constrói por meio do discurso sua imagem, a imagem do outro e dos eleitores. Há ainda as considerações finais deste trabalho, as referências bibliográficas e os anexos contendo o corpus da análise.


Este trabalho deve-se fundamentalmente ao interesse pelo funcionamento do universo da linguagem do qual fazemos parte e seu uso em todas as situações de nossas vidas, com as mais diversas finalidades. Juntamente segue a necessidade de entender melhor alguns grupos que, utilizando-se da linguagem/do discurso, conseguem controlar e dirigir a opinião e a atitude de outras pessoas.



CAPÍTULO I - DISCURSO POLÍTICO: CONSIDERAÇÕES GERAIS


A instância política encontra-se no lugar em que os atores têm um “poder de fazer” – isto é, de decisão e de ação – e um “poder de fazer pensar” – isto é, de manipulação. É o lugar da governança.
(Charaudeau, 2008: 56).



As considerações as quais destacamos aqui sobre o discurso político, dizem respeito a todos os discursos políticos em época de eleições. Apesar do discurso político ser veiculado sob várias formas (televisão, rádio, jornais e revistas), de um modo geral todos compartilham de um conjunto de mecanismos linguístico-discursivos que caracterizam esse discurso como político. Os mecanismos que aqui estudaremos serão as formas como os candidatos constroem suas imagens para a população, a imagem de seus opositores e o que há de implícito nos seus discursos. No entanto, antes de tocarmos especificamente nestas questões, vejamos um pouco sobre o marketing político, pois o discurso que é produto do período eleitoral é construído com a intenção de chamar a atenção e de fazer com que os interlocutores (a população) assumam este discurso – portanto há uma estratégia de marketing muito acentuada praticamente parecida com os anúncios publicitários de outros tantos produtos.


1.1 - O marketing político

É possível afirmarmos que o discurso político se constitui de outros discursos, ou seja, há no discurso do período eleitoral uma relação interdiscursiva. Na prática, significa que o que é produzido pelos políticos (pelos partidos) em períodos eleitorais é constituído também pelo discurso do marketing, ou seja, do mercado, o que nos autoriza a falar de um marketing político, assim como outros, o marketing publicitário, o turístico, o imobiliário, o da moda, entre outras propagandas em geral: cada um com suas características apropriadas para veicular aquilo que é oferecido ao público, caso contrário, como justificar, por exemplo, o trabalho dos candidatos a fim de conquistar o voto dos eleitores indecisos? Como justificar as massivas propagandas eleitorais e a quantidade de propagandas panfletárias que circulam pela cidade durante as eleições? A seguir nos deteremos em algumas das etapas e estratégias marketeiras que configura o discurso político dos candidatos.


1.2 - O marketing político dos candidatos

No cenário político atual, se torna praticamente impossível pensar em eleições sem a efetiva participação do marketing e de suas estratégias e ferramentas. O denominado marketing político, ou eleitoral, tornou-se conhecido no Brasil a partir da década de 1990. Naquele momento, o trabalho desenvolvido para a eleição de Fernando Collor de Mello chamou a atenção dos estudos acadêmicos sobre as técnicas utilizadas no pleito de 1988. Com isso, as campanhas deixaram de ser intuitivas para utilizar recursos cada vez mais sofisticados de planejamento e estratégias. Nas campanhas, hoje, se fazem presentes cada vez mais profissionais capacitados para interpretar pesquisas, prever cenários e trabalhar as mensagens e a imagem do candidato, de tal forma que se consiga suprir as expectativas do eleitor. Segundo Muniz (2009: 01):


O marketing político é um conjunto de técnicas e procedimentos que tem como objetivos adequar um(a) candidato(a) ao seu eleitorado potencial, procurando fazê-lo, num primeiro momento, conhecido do maior número possível e, em seguida, mostrando-o diferente de seus adversários, obviamente melhor do que eles.

Podemos considerar o marketing político similar ao marketing de produtos, pois há uma competição entre os candidatos para atrair os “consumidores” que, no caso, são os eleitores. Para o candidato se adequar ao que espera seu eleitorado potencial, é necessário saber o que estes pensam e o que querem em determinado momento da história. Sabendo disto, é possível criar o discurso do candidato para responder aos anseios do eleitorado.


A estrutura do processo de comunicação no segmento eleitoral tem como finalidade criar um cenário das múltiplas possibilidades de um mundo desejável, em que o cidadão poderá acreditar na realização dos seus sonhos e anseios do eleitorado. Assim sendo, no período eleitoral a efetividade das estratégias parece ter mais fluidez e a competição pelo voto se configura nas retóricas e na persuasão.


O político que conseguir convencer um contingente maior de eleitores com sua competência em concretizar os anseios população será bem sucedido. Antes de se chegar ao convencimento e entrega do voto, o eleitor é levado a enxergar o político como um objeto de consumo, tal como acontece nas estratégias dos produtos que prometem preencher os vazios existentes na vida das pessoas. Com isso, os candidatos buscam a ajuda do chamado marketing político e da propaganda eleitoral, para conseguir uma melhor construção de sua imagem, que vai dos itens da aparência física até o discurso mais palatável, passando pela programação visual de sua campanha.


Os marquetólogos[4] trabalham com o raciocínio de que o comportamento eleitoral estabelece um processo de comunicação de mão dupla, onde os candidatos e eleitores utilizam um sistema dialógico para estabelecerem um pacto fundamentado na troca de intenções. O político sabe que uma comunicação bem elaborada será capaz de atrair a atenção das pessoas, conquistando votos suficientes para conseguir sua vaga.


As estratégias de marketing se baseiam em crenças implícitas ou explícitas sobre o comportamento do consumidor. As decisões que se baseiam em premissas explícitas e em teorias e pesquisas bem fundamentadas têm maior probabilidade de serem bem-sucedidas do que as decisões que se baseiam apenas em palpites e intuição. Para Figueiredo (1994: 74-75) um dos segredos para elaborar uma boa estratégia é tentar antecipar a estratégia alheia (...) a estratégia deve ser elaborada em cima daquilo que esperamos que os outros candidatos façam durante a campanha”. O mesmo autor destaca que o posicionamento e a estratégia dos(as) candidatos(as) obedecem a quatro pontos principais:

1. A escolha da área geográfica – significa definir em quais áreas serão concentrados os esforços da campanha.
2. A escolha do critério – esses critérios podem ser “ideológicos” (situação ou oposição em relação a quem está no poder ou, cada vez mais raramente, direita x esquerda), programáticos ou ligados à personalidade do(a) candidato(a).
3. Escolha do tom – se trata de definir qual será o comportamento de seu/sua candidato(a) em relação aos seus adversários. Geralmente, a polêmica interessa aos(às) candidatos(as) que não estão na liderança das pesquisas – e pode acarretar alterações significativas na disputa.
4. A escolha dos temas da campanha – se refere aos temas principais que o(a) candidato(a) irá abordar. (Como citamos determinados temas se fazem mais importantes do que outros no jogo político). (ibid 75-84).

Outro fator importante é que se torna impossível antecipar e reagir às necessidades e aos desejos dos clientes sem um conhecimento completo do compartimento do consumidor. Descobrir as necessidades dos clientes é um processo complexo, mas às vezes pode ser conseguido por meio de uma pesquisa de mercado.


Toda estratégia eleitoral deve ser precedida de uma análise global do quadro político. Segundo as estratégias do marketing político, se faz necessário verificar como anda o humor dos cidadãos, qual é a predisposição que eles têm para receber novas informações, como estão vendo os partidos e os políticos, se estão otimistas ou desesperançosos e assim por diante. De acordo com Figueiredo (1994) a correta avaliação do que se está passando na sociedade em que vai haver eleição – é fundamental para a elaboração de uma boa estratégia de marketing político.

Em Roberto (2002) podemos constar que as pesquisas podem mensurar três tipos de levantamento: as pesquisas de opinião pública que procuram mensurar o conhecimento da população sobre determinados assuntos como ecologia, privatização, economia política, área social e etc... As pesquisas de acompanhamento e desempenho administrativo levantam os principais problemas da população, avaliam o desempenho dos governantes, aferem a imagem administrativa, o grau de conhecimento dos projetos e das obras realizadas e o grau de satisfação com os serviços públicos. Já as pesquisas eleitorais, por sua vez, procuram detectar as intenções de voto do eleitor a cada momento, aferindo o potencial de adesão ou rejeição a cada candidato.

Para deixar ainda mais evidente o processo do marketing político, evocamos o conceito utilizado pela autora Jacques Seqüela em seu livro: “VOTO É MARKETING O RESTO É POLÍTICA” apud Roberto (2002), onde destaca alguns princípios estratégicos que contemplam todo o trabalho do marketing político, para que o candidato tenha sucesso frente às eleições:

1° Mantenha sempre um trunfo contra seus inimigos e saiba quando deve ser acionado;
2° Conheça o que pensa o eleitor, antes de partir para a sua conquista;
3° Melhor forma de conquistar a mente do eleitor é ser primeiro a chegar;
4° Não basta ter o perfil desejado pela população, é preciso associar sua imagem a ele antes dos adversários;
5° Trabalhe na linha de menor resistência ou posicionamento na mente do eleitor;
6° Procure maximizar os pontos favoráveis e minimizar as falhas, se possível convertendo-se em virtudes;
7° Procure antecipar o ciclo de ideias e aspirações que predominará no momento das eleições; 8° O eleitor sempre associará o candidato à continuidade ou mudança. Compatibilize sua imagem com a tendência predominante, respeitando os limites impostos por sua personalidade;
9° Concentre seu discurso na valorização e unidade do partido;
10° Convenção é sinal de força. Se for conveniente, antecipe a convenção;
11° Concentre forças no seu principal inimigo
[5], não desperdice munição atirando para todos os lados;
12° procure sempre antecipar-se aos movimentos de adversários que possam ameaçar sua posição antes que seja preciso reagir;
13° Confirme os defeitos do inimigo junto ao eleitorado. Ataque nesse ponto;
14° Procure demonstrar incoerência entre o discurso do candidato passado;
15° Utilize a força de liderança para eliminar as possibilidades de reação do inimigo;
16° Redirecione forças para os segmentos que apresentam maior potencial de votos;
17° Se a polarização é inevitável, procure levar seu adversário para o campo que lhe seja mais favorável.

Diante disso, procuramos grifar as estratégias que, sutilmente, mais aparecem nos discursos dos candidatos Marta Suplicy e Gilberto Kassab. A partir dessas estratégias é que verificaremos como se materializa as imagens de cada candidato. É fundamental, portanto, que “o político deve fazer uso de todas as estratégias disponíveis para fazer com que o maior número de cidadãos adira a sua ideias, a seu programa, à sua política e à sua pessoa”. (Charaudeau, 2008: 84). Para o autor a construção das imagens só tem razão de ser se for voltada para o público, pois elas devem funcionar como suporte de identificação, via valores comuns desejados.


A seguir discutiremos a parte teórica que nos permitirá como esse discurso é construído pelos candidatos, perseguindo as imagens que cada um faz de si, do outro de do referente.



CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: AS FORMAÇÕES IMAGINÁRIAS


O que funciona nos processos discursivos é uma série de formações imaginárias que designam o lugar que A e B se atribuem cada um a si e ao outro, a imagem que ele fazem de seu próprio lugar e do lugar do outro.
(Pêcheux, 1993: 82).




2.1 – As formações imaginárias

Abrimos este capítulo com o seguinte posicionamento: o discurso pertence a um sistema de normas que derivam da estrutura de uma ideologia política, correspondendo, pois, a um certo lugar no interior de uma formação social dada”. (Pêcheux, 1993: 77).


Desta forma, as posições que um indivíduo pode ou deve ocupar no discurso são autorizadas pelas formações imaginárias, que derivam da experiência humana, ao longo do tempo no contexto social. Ou seja, a imagem que o indivíduo faz da posição (ou posições) que ocupa em um determinado discurso origina-se de uma formação imaginária e manifesta-se discursivamente por meio da materialidade linguística, podendo haver marcas linguísticas específicas que revelem a posição de sujeito assumida por quem diz.


Toda vez que o sujeito de um discurso toma a palavra, ele mobiliza um funcionamento discursivo que remete a formações imaginárias. De acordo com Pêcheux (1993) o discurso produzido por um sujeito pressupõe um destinatário que se encontra num lugar determinado na estrutura de uma formação social. Tal lugar aparece representado no discurso por formações imaginárias que designam o lugar que o sujeito e o destinatário se atribuem mutuamente, ou seja, a imagem que fazem de seu próprio lugar e do lugar do outro.


Ainda nas concepções de Pêcheux (1993), num discurso estão presentes: um sujeito A e um destinatário B, que se encontram em lugares determinados na estrutura de uma formação social. Esses lugares se acham não apenas representados nos processos discursivos, mas transformados. Daí um discurso não implicar necessariamente uma mera troca de informações entre A e B, mas sim um jogo de “efeitos de sentido” entre os participantes. Os sentidos seriam produzidos por um certo imaginário, que é social e é, por sua vez, resultado das relações entre poder e sentidos. E a ideologia seria a responsável por produzir o desconhecimento dos sentidos através de processos discursivos observáveis na materialidade linguística.


Em Pêcheux (1993) fica evidente que os sentidos são produzidos num imaginário social, resultante das relações entre poder e sentidos, emitindo esforços para que o efeito de sentido produza a impressão de um sentido único, é um jogo de efeitos de sentido, no qual os sujeitos se encontram em lugares determinados na estrutura de uma formação social. Esses lugares designam as imagens que os interlocutores fazem de seu próprio lugar e do lugar do outro:

IA(A): Imagem que o locutor faz de si próprio – Quem sou eu para falar da forma como falo?

IA(B): Imagem que o locutor faz do seu interlocutor - Quem é ele para que eu lhe fale assim?

IB(B): Imagem que o interlocutor faz de si próprio - Quem sou eu para que ele me fale assim?

IB(A): Imagem que o interlocutor faz do locutor - Quem é ele para que me fale assim?
Tabela formulada a partir de Pêcheux (1993: 83).


Isso pressupõe que no processo discursivo os sujeitos envolvidos já fazem uma antecipação do seu interlocutor, o que já orienta a formulação do emissor; o que os candidatos a prefeito de São Paulo divulgaram em suas propostas e a forma como tratam os assuntos, vai ser influenciada pela representação que cada um tem de si mesmo, do outro e pela imagem que faz de seus eleitores, para isso precisa antecipar as questões e o referente.


Neste trabalho, nos interessa as formações imaginárias do lugar de A, representado pelos candidatos Marta Suplicy e Gilberto Kassab com suas respectivas representações partidárias e estratégias discursivas que vão resultar na imagem de cada um, o lugar de B onde cada candidato constrói a imagem do outro por meio do discurso e, por fim, como ambos constrói a imagem do referente C, representado pelos eleitores e pelas propostas dos candidatos. Para chegar às imagens criada por cada candidato, destacaremos e analisaremos as informações implícitas que revelam de que forma cada candidato diz o que diz e o que está por trás desse dizer na superfície textual constituindo as formações imaginárias.



2.2 - As informações implícitas:

Concordamos com Koch (2002: 159) quando destaca que “cumpre mostrar-lhe que, além da significação explícita, existe toda uma gama de significações implícitas, muito mais sutis, diretamente ligadas à intencionalidade do produtor”.


Ao analisar as relações de sentido em enunciados, algumas palavras ou expressões introduzem pressuposição. Entre os indicadores linguísticos de pressuposição, podem-se citar certos adjetivos ou palavras similares modificadoras do substantivo, verbos que indicam mudança ou permanência de estado, advérbios, orações adjetivas e conjunções, os quais, ao serem identificados, contribuem para uma leitura mais aprofundada do texto.


Para Koch (2004: 160), “a intelecção de um texto consiste na apreensão de suas significações possíveis, as quais se representam nele, em grande parte, por meio de marcas linguísticas”. Na leitura e interpretação de um texto, é muito importante detectar os pressupostos, pois o seu uso é um dos recursos argumentativos utilizados com vistas a levar o ouvinte ou o leitor a aceitar o que está sendo comunicado. Ao introduzir uma ideia sob a forma de pressuposto, o falante transforma o ouvinte em cúmplice, uma vez que essa ideia não é posta em discussão e todos os argumentos subsequentes só contribuem para confirmá-la.


Para Ducrot apud Koch (2004: 56) “pressupor não é dizer o que o ouvinte sabe ou o que o se pensa que ele sabe ou deveria saber, mas situar o diálogo na hipótese de que ele já soubesse”, além disso, o autor destaca o que chama de pressuposto “chamarei de pressuposto de um enunciado às indicações que ele traz, mas sobre as quais o enunciador não quer (ou faz como se não quisesse) fazer recair o encadeamento. Trata-se de indicações que se dá como estando à margem da linha argumentativa do discurso”. (Koch, 2004: 65).


Portanto, nos utilizaremos dessa concepção para verificar o que está por trás do que é dito e quais são os possíveis sentidos desse não dito na formação da imagem dos candidatos. A seguir explicaremos de que forma analisaremos o discurso dos candidatos e quais as características do corpus de nossa análise.



CAPÍTULO III – A METODOLOGIA DO TRABALHO


Antes de passarmos para a análise do corpus localizado no anexo I, se torna necessário tratarmos da nossa metodologia de trabalho, primeiramente retomando nossos objetivos com nossas questões de pesquisa para, consequentemente, especificarmos melhor o corpus do qual estamos trabalhando, para então pontuarmos os procedimentos que utilizamos para a análise.


3.1 - Retomando os objetivos

Como apontamos na introdução, estamos propondo a observação dos pressupostos e da formação imaginária contindos no discurso de campanha dos candidatos a prefeitura de São Paulo 2009 – Marta Suplicy e Gilberto Kassab. Ao adotar os discursos dos candidatos, estaremos verificando qual a imagem que cada candidato faz de si, do outro e do referente (propostas e eleitores), ou seja, qual deles empregou um discurso mais agressivo? Qual deles apostou mais na sua própria imagem? Qual deles apostou mais na difusão do plano de governo? Essa construção de imagens é recíproca entre os candidatos e se materializa no discurso das propagandas (panfletos), que, como dissemos, está carregado de enunciados cuja intenção é conquistar os eleitores por meio do marketing político. Quais são as estratégias discursivas que tecem o fio do discurso a fim de fazer com que os eleitores acreditem no candidato e nas suas propostas?


3.2 - Especificações do corpus

Diante de todas as formas de comunicação utilizada pelos candidatos Marta Suplicy e Gilberto Kassab (programas de televisão, rádio, e panfletos), optamos pelos panfletos distribuídos nas mediações da praça da República região central de São Paulo. De todos os panfletos distribuídos (cinco pela candidata Marta Suplicy e dois pelo candidato Gilberto Kassab), escolhemos os dois mais significativos da candidata, até porque os temas e propostas se repetem, e os únicos dois panfletos do candidato, até então, os únicos descobertos pela nossa investigação. Trabalharemos com os quatros panfletos recolhidos nas ruas da cidade durante os meses de Setembro e Outubro de 2008, 2° turno das eleições, período em que os panfletos foram distribuídos pelo centro da cidade adotando o critério de seleção de acordo com o oferecido.


3.3 - Os procedimentos para a análise do corpus

Como é sabido todo discurso não é apenas uma mera transmissão de informações, mas um evento comunicativo com o qual o locutor cria um efeito de sentido sobre seu(s) interlocutores(s), portanto, somos levados a refletir quais são as estratégias discursivas de ordem linguística que esse locutor emprega em seu discurso a fim de constituir a imagem de sua candidatura.

É justamente essa formação imaginária que nos chama a atenção, porque são formas de se garantir uma argumentação persuasiva bem como estabelecer a interação entre os interlocutores (candidato x eleitor) por meio do discurso (panfleto) que mostrará a perspectiva discursiva dos candidatos. Em função da imagem que pretende criar de si mesmo, do seu interlocutor e do referente do seu discurso é que o locutor o(a) candidato(a) vai escolher formas linguísticas e não linguísticas, bem como a escolha de determinados assuntos em seus discurso para garantir o convencimento do eleitor e a ação de (votar) a favor.


Para melhor organização delimitaremos que os interlocutores são os eleitores dos panfletos, os locutores são os candidatos (de um lado a candidata Marta Suplicy e, de outro, o candidato Gilberto Kassab) e o referente alterna, ora são as propostas, ora são os eleitores.
Os textos de onde retiramos os enunciados para mostramos as ocorrências encontram-se todos na integra no Anexo I. Para facilitar a localização organizamos os enunciados conforme a ordem de sequência dos enunciados no original e denominaremos os panfletos (1 e 2 – Marta) e (3 e 4 – Kassab). Em primeiro lugar, verificaremos os pressupostos no discurso dos candidatos propondo o levantamento desses implícitos, e consequentemente, verificaremos as formações imaginárias que se forma perante as interpretações do que está implícito no discurso dos candidatos, propondo as seguintes questões, baseados na obra de Pêcheux (1997):


a) IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente;
b) IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo;
c) IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas.


As respostas advindas destas questões permitirão, num primeiro momento, permitira compreender melhor o que não é dito, ou seja, a especificidade do discurso dos candidatos, a forma como os candidatos trabalham seus discursos em prol de seus objetivos. E, após a análise dos discursos dos dois candidatos a prefeito da cidade de São Paulo, teremos condições de verificar, por comparação:


a) Qual deles empregou um discurso mais agressivo?
b) Qual apostou mais na sua própria imagem?
c) Qual deles apostou mais na difusão do plano de governo?


Com as respostas dessas questões chegaremos a um conjunto de elementos com os quais poderemos determinar que tipo de discurso político é esse que faz com que os eleitores atendam ao apelo dos candidatos.



CAPÍTULO IV - ANÁLISE DOS CORPUS


4.1 - DISCURSOS DA CANDIDATA MARTA SUPLICY

Os panfletos foram transcritos na íntegra e cada folha e parágrafo foi sinalizado para facilitar a leitura. Na sequência, os quadros apresentam as informações implícitas contidas nos textos dos panfletos, seguidos dos comentários sobre as imagens estabelecidas.


PANFLETO 1 – (pág. A)

1. § - “Quero ser prefeita porque amo esta cidade. Porque é preciso terminar o trabalho que começamos. Porque São Paulo quer mudar.
2. § - E, para mudar, precisa de uma nova atitude.
3. § - O maior desafio é diminuir a desigualdade social. Precisamos melhorar a vida de todos. Mas, principalmente, dos que mais necessitam.
4. § - Vamos ampliar os programas para os mais pobres. E apoiar, fortemente, os que saíram da pobreza – e agora formam uma nova classe média. Os que têm melhor nível de renda também precisam ser atendidos, porque são os que pagam mais impostos.
5. § - O trânsito e o transporte não podem continuar dando tanto prejuízo e dor de cabeça. O sistema de saúde precisa melhorar o atendimento, acabar a demora absurda nos exames e oferecer serviços de especialidades para tratar as doenças mais sérias.
6. § - Na segurança, temos que combater a violência e a criminalidade.
7. § - Na educação, temos que melhorar a qualidade do ensino e criar a Rede CEU, fazendo com que os CEUs cheguem a toda a cidade.
8. § - Os problemas são muitos. Mas com realismo, coragem e criatividade podemos vencê-los.
9. § - Para isso é preciso uma nova atitude”.

Quadro das informações implícitas contidas no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Kassab não ama a cidade e não terminou o que foi deixado por Marta;
- há um índice de polifonia que deixa evidente uma voz, no caso, a sociedade paulistana pede mudança e está cansada do atual governo.
2. parágrafo
- A gestão e atitude de Kassab estão ultrapassadas.
3. parágrafo
- Há desigualdade social na sociedade paulistana que ainda permanece na gestão atual;
- a vida da população está ruim e pior ainda está a vida dos mais carentes.
4. parágrafo
- Os atuais programas não atendem os mais pobres. Parte da população que sai da pobreza para a classe média não tem apoio, por parte do prefeito, para permanecer na mesma, apesar de pagarem mais impostos.
5. parágrafo
- O sistema de transporte administrado pelo prefeito ocasiona prejuízo e preocupações à população;
- o sistema de saúde está ruim e demorado e não atende adequadamente a população. O sistema de saúde está deficitário e impossibilitado de atender as necessidades da população.
6. Parágrafo
- A cidade ainda sofre com a falta de segurança e a criminalidade.
7. Parágrafo
- O ensino das escolas da cidade está ruim e faltam escolas em pontos da cidade.
8. Parágrafo
- Na gestão do atual prefeito há vários problemas;
- falta realismo, coragem e criatividade, por parte do prefeito, para resolver os problemas da cidade.
9. Parágrafo
- Kassab não tem atitude adequada para governar a cidade.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata Marta, na gestão do atual prefeito, há vários problemas, falta realismo, coragem e criatividade por parte do prefeito para resolver os problemas da cidade. Kassab não tem atitude adequada para governar a cidade. Kassab não ama a cidade e sua gestão está ultrapassada.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
Marta afirma amar a cidade, ela associa sua imagem a de uma prefeita que irá acabar com as desigualdades sociais, apoiar pobres e recém saídos da pobreza. Acredita que irá sanar os problemas da saúde e acabar com a violência. Marta associa sua imagem a de uma prefeita realista, corajosa e criativa para governar a cidade.
IAR = a imagem que o candidato faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população suplica por uma nova atitude, por alguém que ama a cidade e irá tirá-la da desigualdade social, amparar as pessoas carentes, necessitadas de saúde, segurança e educação. Com isso, a candidata propõe soluções para essas carências da população.

PANFLETO 1 – (pág. B-1)
“Lula quer Marta em São Paulo”

1. § - Marta é candidata de Lula à prefeitura de São Paulo. O que une Lula e Marta, como todos sabem, é identidade nas ações, como, por exemplo, a luta contra a desigualdade.
2. § - Marta fez a gestão que mais promoveu inclusão social na história de São Paulo.
3. § - Lula faz o governo que mais promoveu inclusão social na história do Brasil.
4. § - Marta tem propostas e projetos afinados com alinha de governo de Lula – da qual foi uma atuante ministra do Turismo – e por isso os recursos federais poderão chegar ainda mais rápidos a São Paulo.
5. § - Marta já apresentou ao presidente o Projeto de Mobilidade Urbana, que prevê a construção, até 2014, de 65 km de metrô e 279 km de corredores de ônibus, mais a implantação do Trem Bala Campinas-São Paulo-Rio. E o presidente aprovou. Além disso, Marta está elaborando amplos projetos nas áreas de habitação, saneamento e infraestrutura para serem financiados, futuramente, pelo PAC.

Quadro das informações implícitas contidas no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- O presidente não quer que Kassab seja eleito;
- ao contrário de Kassab, Marta segue a política do Presidente Luis Inácio lula da Silva;
- ainda há desigualdade social na sociedade paulistana.
2. parágrafo
- Kassab não promove inclusão social.
3. parágrafo
- O Brasil é carente de inclusão social.
4. parágrafo
- Kassab não tem projetos com o presidente Lula. Consequentemente não irá ter apoio financeiro suficiente para concluir suas propostas.
5. parágrafo
- Kassab não apresentou projetos ao presidente para expandir o Metrô e os corredores de ônibus, portanto, suas obras poderão não ser aprovada;
- Kassab não tem projetos para as áreas de habitação, saneamento e infra-estrutura.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata Marta, Kassab não tem projetos para expandir o Metrô e os corredores de ônibus da cidade e nem projetos para as áreas de habitação, saneamento e infraestrutura para apresentar ao Governo Federal. O atual prefeito não atua para acabar com a desigualdade social. Portanto, para a candidata Marta, o prefeito Kassab não cria projetos para a melhoria da cidade e não tem interesse em acabar com os problemas sociais, como a desigualdade.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata Marta associa seu discurso ao de Lula, a quem ela acredita ser sua linha de proposta. Assim o discurso se encaixa dentro de uma ideologia que propõe uma luta contra a desigualdade. Além disso, a candidata passa a imagem de uma prefeita que tem projetos para a cidade e sabe como trazer recursos necessários para concluir suas propostas.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população está carente de políticas sociais de inclusão social e necessita de uma prefeita que tenha projetos e suporte financeiro do Governo Federal para atuar nas áreas supracitada e avançar a cidade na parte social e de infraestrutura.

PANFLETO 1 – (B-2)
“Uma nova atitude no trânsito”

1. § - São Paulo está quase parando.
2. § - A cada semana, falam de um novo recorde de congestionamento.
3. § - Marta quer promover um “esforço de guerra” para resolver o problema de trânsito e do transporte.
4. § - São Paulo precisa ter um transporte coletivo que seja bom e funcione bem. Por isso que Marta, a prefeita que fez mais pelo transporte de São Paulo.

Quadro das informações implícitas contidas no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- A cidade necessita de soluções para o trânsito.
2. parágrafo
- A cidade não tinha recorde de congestionamento.
3. parágrafo
- Kassab não se esforça para acabar com o problema do trânsito e do transporte.
4. parágrafo
- O transporte da cidade não é bom e nem funciona bem;
- Kassab faz pouco pelos transportes.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, o atual prefeito não está cuidando e nem se esforçando para resolver os problemas de trânsito da cidade e não investe em transporte coletivo que funcione com qualidade.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata se coloca como uma prefeita que, com “esforço de guerra”, ajustará o trânsito da cidade e colocará transporte de qualidade nas ruas.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, o trânsito da cidade está quase parando e não há transporte suficiente e de qualidade para a população, com isso, a população está carente de soluções nessas áreas.

(PANFLETO 1 – B-3)
“Nova atitude na educação”

1. § - Na sua administração, Marta começou uma verdadeira revolução no ensino público. Realizou muitos programas inovadores (veja detalhes na última página). E este trabalho tem que continuar.
2. § - Seu grande destaque foram os CEUs, escolas de alta qualidade que, construídas em regiões carentes da cidade, mudaram a história da educação no Brasil e ganharam repercussão internacional.
3. § - Marta agora tem propostas para fazer ainda mais na educação. Por exemplo:

Quadro das informações implícitas contidas no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- A revolução e os programas inovadores criados pela candidata foram parados por Kassab;
- Kassab não inova em termos de educação;
2. parágrafo
- Na gestão de Kassab não há investimentos em escolas de alta qualidade para as populações carentes;
3. parágrafo
- Marta não tinha propostas para fazer mais pela educação. E Kassab não tem propostas para o momento;

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab parou a revolução na educação, não inovou, não fez investimentos e não tem propostas para a educação, inclusive, na sua gestão não há integração entre as escolas, falta creches e o analfabetismo ainda persiste.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata afirma que sua imagem é prestigiada no exterior pelo fato de ter feito escolas de alta qualidade para a população carente. E julga sua gestão como revolucionária e mais apropriada para resolver os problemas das comunidades carentes em relação á falta de escolas, aperfeiçoamento de professores, suplência de vagas na escola e erradicação do analfabetismo que é mal visto pela sociedade e por outros paises.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população carente está necessitada de uma política educacional revolucionária, inovadora de alta qualidade que solucione a falta de creches, e erradique o analfabetismo dos mais necessitados. Os mais carentes não têm investimentos por parte do prefeito, o que, segundo a candidata, será diferente em sua gestão.


PANFLETO 1 - (pág. C-1)
“Nova atitude na saúde”

1. § - Quando Marta assumiu a prefeitura, em 2001, o sistema de saúde estava caindo aos pedaços. Com poucos recursos e em apenas quatro anos, Marta botou a casa em ordem e realizou avanços significativos.
2. § - O sistema de saúde ficou novamente de pé. E, agora, Marta quer completar o trabalho que começou. Ela tem propostas concretas para isso.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- O sistema de saúde estava velho, desordenado e não havia avanços.
2. parágrafo
- O sistema de saúde estava fracassado;
- o trabalho iniciado pela ex-prefeita não foi concluído por Kassab que não tem propostas concretas.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab mantém o sistema da área da saúde em estado velho, desordenado e sem avanços que possam beneficiar a população, inclusive para a candidata, Kassab mantém o sistema de saúde fracassado. Além disso, não terminou obras que já estavam em andamento e não tem propostas para a saúde.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
Marta afirma que, quando foi prefeita, deixou o sistema de saúde novo e organizado e coloca-se como uma gestora que tem projetos para colocar o sistema de saúde da cidade em ordem e concluir o que ainda não foi concluído pelo atual governo.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Na visão da candidata, parte da população paulistana sofre com a falta uma rede de saúde nova, organizada e eficiente. Para a candidata a população não tem um sistema de saúde adequado, apostando que a sua gestão irá resolver essa falha.

PANFLETO 1 – (C-2)
“Nova atitude na Segurança”

1. § - Marta acredita que a prefeitura tem que fazer sua parte. Trabalhar para diminuir a violência e o crime em São Paulo. Como ela fez, quando estava na prefeitura.
2. § - Naquela época, Marta criou a Secretária Municipal de Segurança Urbana. Aumentou os equipamentos e o efetivo da Guarda Civil Metropolitana, que se transformou em guarda comunitária, policiando parques, praças e escolas públicas da cidade.
3. § - Os programas sociais de Marta também ajudaram a diminuir os números da violência e da criminalidade em vários pontos da cidade.
4. § - Marta quer retomar o que fez e fazer mais.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- A prefeitura não está fazendo o que deveria fazer em relação á segurança da população;
- os casos de violência e a criminalidade estão altos.
2. parágrafo
- Não há investimentos em órgãos de segurança com equipamentos de qualidade para monitorar parques, praças e escolas públicas da cidade;
- essa falta de investimentos ocorre na gestão do atual prefeito Kassab que não equipa a Guarda Civil Metropolitana.
3. parágrafo
- Há violência e criminalidade em certos pontos da cidade
- para diminuí-la são necessários programas sociais.
4. Parágrafo
- As obras feitas pela ex-prefeita foram paradas.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
A candidata acredita que Kassab não está fazendo investindo na segurança para acabar com a violência e criminalidade em certos pontos da cidade, não investe em monitoramento desses pontos, além disso, não equipa de forma eficiente a Guarda Civil Metropolitana e não dá continuidade em programas sociais para amenizar a violência na cidade.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata Marta associa sua imagem a uma prefeita trabalhadora e preocupada em diminuir a violência nas áreas mais críticas da cidade. Para a candidata seus investimentos em monitoramento, em equipamentos para a Guarda Civil e os projetos sociais ajudaram a combater a criminalidade. Para a candidata, a prefeitura tem de fazer o que ela faz e como faz.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
A população das áreas violentas esta carente de programas sociais, investimentos em monitoramentos e uma Guarda Civil Metropolitana estruturada. Para a candidata, essa população que se situa em certos pontos da cidade está sofrendo com a falta de segurança.

PANFLETO 1 - (C-3)
“Marta vai dar especial atenção à nova classe média”

1. § - Jornais, revistas, rádios, e emissoras de televisão têm falado de uma nova classe média. De milhares e milhares de pessoas que subiram das camadas mais pobres da população para a “Classe C”.
2. § - É uma coisa inédita, que está acontecendo graças à estabilidade econômica, à política de aumento do salário mínimo, à popularização do crédito e aos programas sociais do presidente Lula.
3. § - Marta acha que isso não pode ser passageiro. Quer ajudar a consolidar o que está acontecendo. Para isso, está propondo uma nova política de inclusão, que, entre outras coisas, vai ajudar quem quer abrir um novo negócio.
4. § - É uma proposta que vai mexer positivamente na vida de muita gente. Que vai levar tecnologia avançada para pequenas empresas e empreendimentos. Formas de diminuir impostos para o cidadão e o empreendedor. E o fim da burocracia para abrir empresas. Tudo para impulsionar a vida da nova classe média paulistana.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Há uma política social promovida pelo atual presidente que privilegia a passagem de pessoas que antes eram consideradas de classes (D e E) para a classe (C);
- quem ajuda a promover essa passagem e permanência é Marta, que associa seu discurso ao do Presidente.
2. parágrafo
- Esse tipo de política não era praticado no país;
- havia uma desestabilização econômica no país, os salários mínimos estavam baixos, os créditos e programas sociais não eram populares.
3. parágrafo
- Há a possibilidade da política do atual presidente ser passageira e a necessidade de valorizar e consolidar a política do presidente Lula;
- não há uma política de inclusão para quem quer abrir um negócio.
4. parágrafo
- Não há uma proposta para levar tecnologia avançada para as empresas, diminuir impostos e disburocratizar a abertura de empresa;
- há burocracia e falta de tecnologia avançada que prejudica o avanço da classe média.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab não privilegia o aumento da classe média, não pretender apoiar o presidente em sua política social de aumento da classe C. Kassab não pretende levar tecnologia avançada para as empresas, diminuir impostos e disburocratizar a abertura de empresa, ou seja, não tem uma política que pretenda expandir as condições sociais da sociedade.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
Marta acredita que sua política social associada á política do atual presidente trará estabilidade econômica, salários mais altos, avanços tecnológicos e desburocratização na abertura de empresas. Portanto, Marta associa a sua imagem a do presidente Lula e se caracteriza como uma prefeita que promove a ascensão da população para uma classe econômica mais privilegiada.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população sofre de desestabilização econômica, salários mínimos e créditos baixos. Para acabar com esse problema, a prefeita acredita que suas propostas baseadas nas propostas do presidente irão fazer com que essa população tenha chance de ir para tão sonhada classe C.

PANFLETO 1 – (C-4)
“Volta, Marta!”

1. § - Marta está de novo no meio de sua gente, indo aos bairros, conversando com moradores, vendo de perto os problemas da cidade. Na Zona Norte, discutiu assuntos variados, de transporte à educação. E visitou os CEUs Vila Atlântica e Jardim Paulistano.
2. § - Na Zona Sul, conversou sobre as necessidades da região. E foi ver de perto os trabalhos sociais tocados por pessoas de atitude, como o padre Jaime Crowe e Mano Brown.
3. § - Na Zona Leste, falou de saúde, habitação, economia solidária e educação. Já na Zona Oeste, andou de ônibus e Metrô, checando a situação do transporte coletivo. E fez um debate com professoras e mães de alunos.
4. § - Marta vai continuar andando por toda cidade, vendo os problemas, discutindo soluções, abraçando sua gente. E, em todo lugar por onde passar, vai continuar ouvindo aquele grito de carinho, esperança e incentivo: “Volta Marta”.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Kassab não vai até a população saber de seus problemas, não discute soluções.
2. parágrafo
- A população da Zona Sul tem necessidades e Kassab não vai verificar de perto quais são esses problemas.
3. parágrafo
- A região Leste da cidade necessita de saúde, habitação, projetos econômicos e educação;
- a Zona Oeste da cidade necessita de maiores cuidados em relação a transportes como Metrô e ônibus;
- as professoras e mães de alunos são obstruídas de debater com a prefeitura.
4. parágrafo
- A população está carente de um prefeito que ande por toda a cidade discutindo e resolvendo os problemas de cada região e que os abrace afetivamente;
- a população está aflita e esperançosa pela volta da ex-prefeita.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab é um prefeito afastado da população, não se interessa pelas necessidades das regiões da Zona Leste, Oeste, Norte e Sul. Segundo a candidata, o prefeito não é carinhoso com a população necessitada, não debate os problemas da educação com professoras e mães, portanto Kassab não se interessa pela população e seus problemas.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata se coloca como uma pessoa carinhosa, atenciosa, preocupada com os problemas de cada região da cidade. Marta acredita que essa preocupação e carinho é parte da sua personalidade.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população está carente de um prefeito que vai até o povo, que se preocupa com suas necessidades e seja carinhoso com seu povo. E promete satisfazer essas necessidades da população carente.


4.2 - 2° corpus da candidata - Marta Suplicy


No panfleto (2), a candidata Marta elucida bem a sua imagem e a imagem que cria de seu adversário político Kassab. A candidata intitula o quadro de “Quem é quem”.

PANFLETO 2 – (pág. B-1)
Isto é Marta:

1. § - Foi deputada federal pelo PT e ministra do turismo de Lula.
2. § - Em 1996, apoiou Erundina para a prefeitura.
3. § - Em 1998, apoiou Covas a governador, no 2º turno.
4. § - Apoiou a apuração das denúncias de corrupção da gestão Pitta.
5. § - Em 2000, foi prefeita com apoio de Covas.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Marta teve um cargo considerado importante e corroborou com a gestão de Lula sendo ministra do Turismo.
2. parágrafo
- Erundina foi eleita prefeita porque Marta a apoiou. Sua gestão é considerada pela candidata.
3. parágrafo
- Marta apoiou Mario Covas do PSDB, o principal adversário de seu partido PT. A candidata se coloca como alguém que apóia bons gestores.
4. parágrafo
- A candidata foi contra o ex-prefeito Pitta que foi motivo de escândalo e teve apoio do atual prefeito Kassab como líder da gestão considerada corrupta.
5. parágrafo
- Como troca de favores e interesses foi apoiada por Mario Covas.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab não tem um histórico de apoio ao que a candidata considera como bons prefeitos, pelo contrário, o atual prefeito apoio prefeitos envolvidos em escândalos como o ex-prefeito Pitta.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata se associa á imagem de governantes que permanecem no imaginário popular. Para a candidata Luiz Inácio Lula da Silva, Luiza Erundina e Mario Covas são dignos de sua confiança, portanto, ela acredita que sua gestão teve e terá o mesmo prestígio que estes tiveram.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população necessita de um prefeito que tenha um histórico semelhante aos ex-prefeitos que tiveram uma gestão considera positiva, como as dos supracitados. E que atue denunciando governantes envolvidos em escândalos.

PANFLETO 2 – (B-1-a)
Educação

1. § - Criou o projeto dos CEUs, construiu 21 unidades e deixou terreno e contrato para mais 24. Cada CEU custou R$ 20 milhões, com uma área de 13 mil metros quadrados.
2. § - Criou 195.966 vagas nas escolas municipais.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Alguém criou e deu inicio a atual rede de CEUs. Marta foi quem fez e preparou os projetos dos atuais CEUs, o que deixa pressuposto que Kassab apenas deu continuidade as obras da ex-prefeita.
2. parágrafo
- Kassab não criou mais vagas nas escolas municipais do que Marta.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab não fez projetos, sua gestão apenas continuou o que a candidata começou. A gestão do candidato não criou vagas nas creches, suficiente para suprir a demanda.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A imagem criada pela candidata é a de uma prefeita que investe em educação, construindo escolas, creches e deixando tudo preparado para gestões futuras.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população necessita de escolas e vagas nas creches. Seus projetos são importantes para suprir essa carência.

PANFLETO 2 – (B-1-b)
Saúde

1. § - Acabou com o PAS falido e corrompido. Iniciou a implantação do SUS na cidade.
2. § - Fez 810 equipes do Programa Saúde da Família.
3. § - Abriu 59 novas Unidades Básicas de Saúde e reformou 14 hospitais. Elaborou projetos, comprou as áreas e iniciou a construção dos hospitais M’Boi Mirim e Cidade Tiradentes, que foi deixado com estrutura pronta.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- O PAS foi considerado algo criminoso e teve como consequência a falência. Marta foi quem acabou com essa criminalidade.
2. parágrafo
- Faltavam equipes de atendimento no Programas Saúde da Família.
3. Parágrafo
- Não havia investimento nas áreas da saúde, mas Marta elaborou projetos e deixou pré-pronto para a atual gestão.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Novamente, a candidata associa a imagem de Kassab ao episódio criminoso e fracassado do PAS. Afirma que Kassab não investe em saúde, não concluiu os hospitais M’Boi Mirim e Cidade Tiradentes, que foi deixado com estrutura pronta.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A imagem criada pela candidata é a de uma prefeita que acabou com o sistema de saúde falido. Supriu a deficiência de funcionários, reformou hospitais e deixou obras para serem concluídas. Marta trabalha pela saúde da população.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata a população era vítima de um sistema de saúde falido e ainda sofre com a falta de hospitais.

PANFLETO 2 – (pág. C-1)
Transportes

1. § - Criou o Bilhete Único, que beneficiou toda a população de São Paulo.
2. § - Construiu 106 km de corredores e 78 km de vias exclusivas para ônibus, além de 10 novos terminais e 60 estações de transferência.
3. § - Renovou a frota de ônibus, com a compra de 9.061 novos ônibus.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Marta criou os bilhetes do atual sistema de ônibus. Quem beneficia a população no transporte é a Marta;
- para Marta a população é carente de benefícios.
2. parágrafo
- Faltam corredores de ônibus, vias exclusivas, terminais e estações de transferência;
- faltam investimentos em transportes.
3. parágrafo
- A frota de ônibus de São Paulo estava velha e não havia ônibus suficiente antes da gestão da Marta;
- só tem ônibus novos porque Marta colocou.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab não investe em transportes, não troca os ônibus velhos, deixa faltar ônibus e não gera benefícios para a população. O atual prefeito não se preocupa com o transporte público.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
Para a candidata suas propostas trazem benefícios para a população, conforto e rapidez nos sistema de ônibus da capital. Inclusive, só tem ônibus novos porque, segundo a candidata, ela que colocou.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
A população não tem benefícios na rede de transporte e usufrui de um sistema de ônibus deficiente de qualidade e quantidade.

PANFLETO 2 – (C-1-a)
Desenvolvimento e redução da desigualdade

1. § - Criou o Renda Mínima, programa de distribuição de renda que, com Lula, atingiu 10 milhões de famílias em todo o país, aumentando o poder de compra da população pobre.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Não havia nenhum programa de distribuição de renda para aumentar o poder de compra da população pobre;
- só há distribuição de renda hoje em dia, porque Marta foi responsável pela divisão de renda e de aumento de poder de compra dos pobres;
- Marta acredita que os pobres necessitam de programas assistenciais para desenvolverem suas vidas;
- e associa seu discurso ao de Lula para dar apoio a suas iniciativas.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, o prefeito Kassab não investe em uma gestão que visa á distribuição de renda conforme o presidente Lula faz, segundo a candidata. Kassab não pretende aumentar o poder de compra dos pobres.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A imagem criada pela candidata é a de que só há distribuição de renda hoje em dia, porque ela foi responsável pela divisão de renda e de aumento de poder de compra dos pobres.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população deixada de lado por Kassab necessita de um programa de distribuição de renda para aumentar o poder de compra e ter acesso a tão sonhada classe C.

PANFLETO 2 – (C-1-b)
O que pensamos sobre o país

1. § - Apoiou o presidente Lula desde á primeira hora. Criou, em São Paulo, vários dos programas sociais do governo.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Marta apóia Lula porque é líder do seu partido;
- e copiou a gestão do presidente para compor a sua;
- Marta acredita na política de assistencialismo.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab não concorda com a gestão do presidente Lula, portanto, não acredita nos programas sociais que elevam milhares de pessoas para a classe C.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata associa sua imagem a do presidente Lula. E acredita, que esse apóio, a torna uma prefeita ideal para tirar a população da pobreza.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata o seu apoio ao presidente e vice-versa é fundamental para a população sair da miséria. A população necessita dos programas do presidente.


No mesmo panfleto, a candidata elenca o Quem é Quem – 2° parte - Além dessa imagem que a candidata evidencia como sua, cria uma imagem a respeito do seu adversário Kassab:

PANFLETO 2 - (pág. B-2)
Isto é Kassab

1. § - Foi deputado pelo PFL, partido que surgiu da Arena, que sustentou a ditadura, e foi secretário do Pitta.
2. § - Em 1996, apoiou Pitta, contra Serra e Erundina.
3. § - Em 1998, apoiou Maluf para governador.
4. § - Liderou o movimento Reage Pitta, contra o impeachment do ex-prefeito.
5. § - Em 2000, mais uma vez, apoiou Maluf.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Há um líder que foi de partidos que sustentaram a ditadura e apoiou o prefeito que se envolveu em escândalos públicos;
- esse líder é o atual prefeito Kassab que apoiou partidos e pessoas como Pitta envolvidas em escândalos.
2. parágrafo
- Ao contrário de Marta apoiou um governo cujo prefeito foi centro de um escândalo cuja imagem é negativa para a população.
3. parágrafo
- Kassab apóia Maluf que é considerado um gestor que “rouba, mas faz”;
- Kassab se envolve com governantes que teve gestões escandalosas.
4. parágrafo
- Havia um líder de um movimento para ascender à posição de Pitta;
- esse líder era Gilberto Kassab, portanto aliado a Pitta;
Gilberto fez parte de um governo cujo prefeito foi centro de um escândalo.
5. parágrafo
- Kassab sempre apoiou Maluf em suas gestões escandalosas.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab está associada a políticos que defendiam a ditadura e apóia ex-prefeitos que tiveram gestões investigadas pela polícia. A imagem criada pela candidata em relação ao prefeito é a de um político cuja índole é duvidosa. Kassab apoio Pitta contra o candidato José Serra (atual governador de São Paulo) que mais tarde o apoiou.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata foi contra o período da ditadura no Brasil, por isso, lidera movimentos contra políticos envolvidos em escândalos, entre eles o Pitta, que segundo a candidata, foi apoiado por Kassab durante sua gestão e problemas com a justiça.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população era atacada por políticos mal intencionados, portanto, necessita de proteção contra esses políticos.

PANFLETO 2 – (B-2-a)
Educação

1. § - Era Secretário de Pitta, quando as 59 escolas de lata foram criadas. Levou dois anos pra iniciar os 24 CEUs projetados por Marta. Só fez 13, que chegaram a custar R$ 38 milhões e têm só 10 mil metros quadrados.
2. § - Fechou 52.889 vagas nas escolas municipais.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Kassab foi um dos responsáveis pela construção das escolas de latas, não muito bem vistas pela população;
- demorou em construir os CEUs;
- Kassab fez poucas unidades do CEUs: pequenas e caras.
2. parágrafo
- Houve fechamento de escolas e vagas e o responsável é Kassab;
- Kassab não investe em educação.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab não investe em educação, construiu escolas de latas que foram mal vistas pela população, fechou escolas e vagas e fez poucas escolas; pequenas e de preço elevado.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
Marta cria a imagem de uma prefeita preocupada com a educação e que investe em escolas grandes e mais baratas que as atuais aumentando o número de vagas.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
A população foi prejudica com o fechamento de 52.889 e necessita das propostas da candidata para diminuir esse número.

PANFLETO 2 – (B-2-b)
Saúde

1. § - Esteve ao lado do Pitta, enquanto o PAS entrava nas páginas policiais.
2. § - Fez só 200 equipes do PSF, e 150 delas estão sem médicos.
3. § - Não fez mais do que a obrigação de terminar os dois hospitais preparados por Marta: M’Boi Mirim e Cidade Tiradentes. Kassab também fez duas AMAs e uma Unidade Básica de Saúde de lata.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- O PAS foi caso de polícia e Kassab apoiava seu comparsa Pitta.
2. parágrafo
- Investiu o insuficiente na saúde;
- negligenciou o enviou de remédios para os postos médicos para atenderem a população;
- o que é contrário a sua campanha que afirma o sucesso do envio de remédios para casa de usuários do sistema.
3. parágrafo
- Kassab foi obrigado a acabar as obras que Marta começou;
- e ainda construiu Unidades de saúde de lata, o que é mal visto pela população.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
A candidata, Kassab participou da gestão de Pitta que foi caso de polícia. Não disponibiliza médicos suficientes para atender a demanda populacional e demorou em terminar as obras, dos hospitais, iniciadas por pela candidata construindo semiunidades de lata.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata associa a sua imagem a de uma prefeita que não se envolve em escândalos, investe em saúde e pretende aumentar o número de equipes nos PSF e terminar os hospitais, que segundo a candidata, foram iniciados em sua gestão e não foram totalmente concluídos.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Segundo a candidata, a população necessita de mais médicos e mais infraestrutura em termos de hospitais.

PANFLETO 2 – (pág. C-2)

Transporte

1. § - Proibiu a população de São Paulo de carregar o Bilhete Único na catraca.
2. § - Fez só 2 km de corredores de ônibus na cidade. Terminou apenas 8 km de Fura-Fila dos 32 km que prometeu fazer.
3. § - Aumentou a passagem de ônibus três vezes, de R$ 1,70 para R$ 2,30, mais que inflação.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Kassab é autoritário com a população, tirando seus direitos;
- a população ainda aceita a ditadura velada.
2. parágrafo
- Kassab faz pouco investimento em transportes;
- Kassab é mentiroso.
3. parágrafo
- Kassab explora a população;
- e beneficia os empresários do transporte.


IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab é autoritário com a população, mentiroso, faz poucos investimentos na área de transporte público e explora a população enquanto apóia empresários do transporte.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata associa se coloca como uma prefeita que não proibi a população de usufruir o beneficio, no caso, o Bilhete Único, citado pela candidata e que, quando promete faz, permanecendo do lado da população e contra os empresários do transporte.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população está sofrendo com o autoritarismo de Kassab que explora a população, tira seus direitos e favorece os empresários aumentando a tarifa do ônibus.

PANFLETO 2 – (C-2-a)
Desenvolvimento e redução de desigualdade

1. § - Reduziu o número de famílias atendidas pelo Renda Mínima, de 178 mil para 114 mil. Aumentou impostos dos taxistas, dos donos de peruas escolares e de vários outros prestadores de serviços que pagam o ISS (Imposto Sobre Serviços).

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Kassab tirou benefícios sociais das populações carentes;
- e prejudicou trabalhadores autônomos com impostos mais altos.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab é contra projetos que visa á redução da desigualdade social, porque tira benefícios da população carente e prejudica os trabalhadores autônomos, aumentando os impostos.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata acredita que seus investimentos no Renda Mínima e a redução de impostos para os trabalhadores trarão benefícios a população e ajudará na redução da desigualdade social, reduzindo a pobreza e levar a população a tão sonhada classe C.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população carente está sendo taxada de impostos e privada de benefícios, que segunda a candidata, os levarão a uma posição social menos desigual.

PANFLETO 2 – (C-2-b)
O que pensam sobre o país

1. § - Apoiou o Maluf e foi secretário de Pitta, Kassab é contra o presidente Lula. Filiado ao DEM, antigo PFL, Kassab e seus aliados atacam o presidente da República o tempo todo.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Kassab apóia ex-prefeitos que se envolveram em escândalos;
- Kassab faz parte da corja que sustentou o antigo regime ditatorial;
- Kassab não gosta de Lula e sua gestão que tem grande apoio da população do país, até porque o presidente apóia Marta para prefeitura.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab apoiou prefeitos que estiveram envolvidos em escândalos e fizeram parte de partidos envolvidos com a ditadura. E não gosta do presidente Lula, porque apóia a prefeita.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata associa sua imagem a do presidente Lula e o defende contra os ataques comandados por Kassab e seus aliados.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para a candidata, a população é vítima de jogo político e precisa dos programas sociais que a candidata pretender estender.

Por fim, na página D - do panfleto (2), a candidata elenca algumas características do candidato Kassab e intitula com o subtítulo “Quer saber quem é Gilberto Kassab?”.


1. § - Kassab mandou projeto de lei para a Câmara que cria o pedágio urbano. Se um projeto desses vira lei, você que tem carro vai ter que pagar para andar na cidade.
2. § - Kassab vetou o projeto de lei que previa o ensino técnico nos CEUs e agora promete que, a partir do ano que vem, vai criar o ensino técnico.
3. § - Kassab vetou a destinação de verba para a construção do Hospital de Parelheiros, que agora promete na eleição.
4. § - Kassab acabou com a Secretária Municipal de Segurança.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Kassab pretende punir a população em seu direito de ir e vir.
2. parágrafo
- Kassab é mentiroso porque promete que vai fazer e não faz;
- promete só quando há eleição.
3. parágrafo
- Kassab não investiu no Hospital de Parelheiros;
- Kassab é mentiroso e só promete frente às eleições.
4. parágrafo
- A Secretária de Segurança era um órgão importante e necessário que foi encerrado;
- Kassab não investe em segurança.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para a candidata, Kassab quer intervir no direito de ir e vir da população que usa carro como meio de transporte, e é mentiroso porque não terminou o hospital de Parelheiros e, agora, nas eleições promete que terminará caso seja reeleito.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
A candidata deixa evidente que não irá punir a o direito de ir e vir da população e cumprirá a promessa de investir no hospital Parelheiros.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
A população corre o risco de ter de pagar imposto para trafegar de carro em certos pontos da cidade e a população de Parelheiros de ficar sem Hospital.



4.3 - DISCURSOS DO CANDIDATO - GILBERTO KASSAB


PANFLETO 3 - (pág. A)
“Fez bem feito. Trabalha direito. Tem que continuar”.

1. § - Kassab foi eleito junto com Serra em 2004. Quando Serra foi para o Governo do Estado, Kassab, que era um vice-atuante, assumiu a prefeitura e botou a mão na massa.
2. § - Em dois anos, fez muito mais do que a Marta em quatro anos. Um currículo impressionante: foram 110 AMAs, o Cidade Limpa, dois novos hospitais – Hospital M’Boi Mirim e Hospital Cidade Tiradentes -, 25 CEUs, 217 novas escolas, 300 telecentros. Kassab está realizando o maior programa de asfalto da nossa cidade. 2216 ruas e avenidas até agora. Reformou e inaugurou 642 praças em toda a cidade.
3. § - É muita coisa, para tão pouco tempo, mas ainda não é o suficiente. Por isso, Kassab quer o seu voto para continuar levando São Paulo rumo ao futuro. Um futuro com responsabilidade, seriedade, pulso firme e, claro, sem taxas do lixo, taxa disto e taxa daquilo.
4. § - A cidade está pronta pra dar um Salto de qualidade e melhorar a vida de todos. Pense bem. Não é hora de voltar à estaca zero. Não é hora de trocar o que vai bem, o que está dando certo. São Paulo não pode recuar, andar para trás. Vamos em frente, ainda há muito que fazer. Kassab é competente, um homem leal e um grande prefeito para São Paulo.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- A prefeitura não tinha um prefeito trabalhador.
2. parágrafo
- A candidata Marta trabalhou pouco em 4 anos de gestão;
- faltava asfalto na cidade e as praças estavam velhas.
3. parágrafo
- A cidade nunca viu tanta obra;
- a cidade não estava caminhando rumo ao futuro e não tinha uma gestão responsável e séria;
- Marta não tem pulso firme e a população da cidade sofria com a cobrança de taxas impostas pela ex-prefeita, o que não é bem visto pela população.
4. Parágrafo
- Não havia qualidade e vida digna para a população;
- a prefeitura não ia bem, a sua gestão não dava certo e a cidade andava para trás;
- faltava competência e lealdade na gestão da prefeitura.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
O atual prefeito cria, por meio do discurso, a imagem da candidata Marta como uma prefeita que não é trabalhadora, pois em seus quatro anos de prefeitura não conseguiu fazer o tanto de obras que, ele fez em dois anos. A candidata não cuidava das vias públicas, não proporcionava uma vida digna para a população, inclusive, não tinha pulso firme, competência e lealdade para governar a cidade.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
O candidato se coloca como um prefeito trabalhador a ponto de fazer em dois anos o que geralmente leva quatro. Kassab afirma que é um prefeito que tem visão de futuro, seriedade, competência e lealdade, além de um currículo impressionante.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para o candidato, a população na tinha qualidade de vida, sofria com a falta de seriedade e pulso firme por parte da gestão da prefeitura. Agora com suas promessas isso não ocorre mais e haverá uma perspectiva de futuro para a cidade.


4.4 - 2° corpus - Gilberto Kassab


PANFLETO 4 – (pág. A)
“O melhor para São Paulo”

1. § - Em apenas dois anos e pouco como prefeito, Kassab mudou a cara da cidade. Ele assumiu a Prefeitura no lugar de Serra, arregaçou as mangas e não parou de trabalhar. Nunca nenhum prefeito fez tanto em tão pouco tempo. “O que é bom tem que continuar”

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- A cidade necessitava de mudanças e de um prefeito trabalhador;
- a população pede que Kassab continue na prefeitura (índice de polifonia).

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para Kassab, a candidata Marta, não mudou a cara da cidade, não é trabalhadora e não conseguiu fazer em quatro anos o que o candidato fez em dois anos.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
O candidato se coloca como responsável pela mudança da cidade e se considera um prefeito que não para de trabalhar e, que, além disso, fez muito em pouco tempo.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
A população quer um prefeito que sempre está trabalhando e mudando a cara da cidade.

PANFLETO 2 – (pág. B-1)
“O melhor da saúde”

1. § - O melhor da saúde. “Kassab manteve ações de Serra, ampliou e criou programas importantes para a saúde”.
2. § - Havia 21 AMAs quando Kassab assumiu. Fez mais 89, completando 110 AMAs.
E ele quer mais. Criou as AMAs Especialidades. Já fez 2, vai fazer 15.
3. § - Completou e entregou os dois mais modernos hospitais da rede pública municipal, Cidade Tiradentes, na Zona Leste, e M’Boi Mirim, na Zona Sul. E ainda este ano vai começar as obras de mais um, o Hospital Parelheiros.
4. § - Reformou e colocou computadores nos postos de saúde.
5. § - Esta administração resolveu a falta de remédios nos postos de saúde.
6. § - Nenhum outro governo fez tanto pela saúde da população de São Paulo.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. Parágrafo
- O ex-prefeito José Serra mantinha programas importantes para a área da saúde e esses programas necessitavam serem ampliados.
2. parágrafo
- Havia um número insuficiente de unidades de AMAs;
- Kassab está suprindo essa necessidade.
3. Parágrafo
- Kassab investe em construção de hospitais;
- começa e termina as obras ao contrário de sua adversária.
4. Parágrafo
- Os computadores dos postos de saúde estavam velhos e precários e não havia o suficiente para a demanda.
5. Parágrafo
- Na gestão da ex-prefeita Marta havia falta de remédios nos postos de saúde;
- Kassab resolveu o problema.
6. Parágrafo
- Só Kassab faz o suficiente para a saúde.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para o candidato, a ex-prefeita não investia na área da saúde, havia um número insuficiente de AMAs, faltavam hospitais, remédios nos postos de saúde e a infraestrutura dos posto estavam velhas. Marta não dava atenção á saúde da cidade.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
Kassab associa sua imagem a de seu antecessor José Serra e acredita ser o responsável pelo avanço na área da saúde. Kassab começou e terminou as obras e resolveu os problemas de saúde da cidade.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Segundo o candidato, a população necessita de mais programas de saúde, mais postos de saúde AMAs, mais hospitais e mais remédios nos postos. Kassab trabalhou e resolveu os problemas da população.

PANFLETO 4 – (B-2)
“O maior programa de asfaltamento da história”

1. § - Junte tudo o que os quatro governos anteriores asfaltaram e a soma nem chega perto do que esta gestão fez até agora. É o maior programa de asfaltamento da história da cidade.
2. § - 1.026 Km de asfalto!
3. § - 1.022 ruas de terra pavimentadas.
4. § - A luta contra a lama e a poeira. Respeito para milhares de famílias.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Os prefeitos anteriores não investiam em manutenção dos asfaltos das ruas;
- Kassab teve de fazer todo o asfalto que não fora feito durante 16 anos.
2. parágrafo
- Faltavam 1.026 Km de asfalto.
3. parágrafo
- Ainda há ruas terras na cidade.
4. parágrafo
- As famílias vivem na poeira e na lama porque não eram respeitadas pelos prefeitos anteriores;
- As famílias eram desrespeitadas pela ex-prefeita.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para o candidato, a ex-prefeita não investiu em reforma de ruas da cidade, com isso, deixou milhares de pessoas na poeira e na lama. Marta não respeita a população.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
O candidato acredita ter tirado a população da lama e da poeira. O que ele fez foi tão grandioso que entrou para a história da cidade.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
A população vivia na poeira e na lama porque não tinha asfalto e nem era respeitada pelos prefeitos. O candidato promete acabar com esse desrespeito investindo em asfaltamento das vias públicas.

PANFLETO 4 – (pág. C-1)
“O melhor para a educação”

1. § - Com Serra e Kassab, São Paulo ganhou 217 novas escolas! A gestão acabou com todas as 54 escolas de lata e as 159 salas de lata que outros prefeitos deixaram na cidade.
2. § - Kassab reformou ou fez obras de manutenção na maioria das 1.100 escolas da rede municipal. Todas serão melhoradas até o fim deste ano. Colocou 2 professores nas salas de aula, pagou melhor os professores e servidores da Educação.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Faltavam escolas na cidade de São Paulo;
- quem deu de presente as escolas foram Serra (ex-prefeito) e Kassab seu sucessor;
- só eles conseguiram acabar com as escolas de lata que, segunda a ex-prefeita Marta, teve como um dos criadores o então secretário de Pitta, Gilberto Kassab;
- para Kassab, Marta deveria ter acabado com as escolas de lata.
2. parágrafo
- As escolas do município estavam velhas e precisando de manutenção;
- para o sucesso da educação é necessário: dois professores em sala de aula e salários melhores;
- Kassab investe em educação.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para Kassab, a candidata Marta deixou faltar escola, as que tinham estavam velhas e precisando de manutenção, a candidata matinha as escolas de lata que eram mal vistas pela sociedade, não investiu em educação e nem se preocupou com a quantidade de professores em sala de aula.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
O candidato se coloca como um prefeito que dá escolas de presente para a população, que acabou com as escolas velhas e resolveu os problemas da educação colocando dois professores em sala de aula.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
A população sofria com a falta de escola, com as escolas de lata, com as escolas velhas e precárias e com a falta de professores nas escolas.

PANFLETO 4 – (C-2)
43 mil novas vagas em creches

1. § - As mães trabalhadoras sabem como é importante ter com quem deixar os filhos com segurança. A prefeitura criou 43 mil novas vagas em creches desde 2005. Todos os prefeitos anteriores, somados, tinham conseguido abrir 62 mil vagas até 2004. E Kassab está fazendo mais: já criou um sistema de parcerias que vai abrir mais 40 mil.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Kassab se preocupa com as mães; ao contrário de Marta;
- faltavam vagas nas escolas;
- Kassab investiu vagas na educação mais que todos os prefeitos da história;
- e se destacará ainda mais.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Kassab evidencia que na gestão anterior a candidata Marta deixou faltar vagas nas escolas e não se preocupava com as mães que precisam trabalhar.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
Kassab se coloca como o prefeito que além de se preocupar com as mães, foi o que mais criou vagas nas creches com um número surpreendente de 43 mil novas vagas.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
As mães da população carente da cidade estavam sofrendo com a falta creche e falta de vagas nas mesmas.

PANFLETO 4 – (C-3)
Bilhete Único agora vale 3 horas

1. § - Pensando em milhões de pessoas que moram muito longe do trabalho, Kassab ampliou para três horas o tempo de uso do Bilhete Único. Acabou com a preocupação do trabalhador pagar outra passagem por causa de problemas no trânsito.
2. § - Colocou quase 6 mil ônibus novinhos nas ruas.
3. § - Completou e pôs para funcionar o Expresso Tiradentes, que irá até a Zona Leste.
4. § - Nenhum prefeito colocou um tostão nas obras do metrô nos últimos 28 anos! Kassab está investindo R$ 1 bilhão.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Há um governante que pensa em milhares de pessoas;
- esse governante é Kassab;
- só ele acabou com preocupação de milhares de trabalhadores.
2. parágrafo
- Havia falta de ônibus nas ruas da cidade;
- os ônibus eram velhos.
3. parágrafo
- O Expresso Tiradentes estava incompleto e não funcionava.
4. parágrafo
- Kassab investe em Metrô ao contrário de seus adversários.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para o candidato, a ex-prefeita não pensava nas preocupações dos milhares de trabalhadores. Marta não investia em transporte, deixou faltar ônibus na cidade, não trocou os que estavam velhos e não fez mais linhas de Metrô. A candidata não investe em transportes e não se preocupa com as necessidades da população.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
Só Kassab conseguiu acabar com a preocupação de milhares de trabalhadores investindo em mais tempo no uso do Bilhete Único, colocando mais ônibus, trocando os velhos e investindo no Expresso Tiradentes e mais linhas de Metrô. Kassab investe em transporte para beneficiar a população.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
Para o candidato, a população estava abandonada pelos ex-governantes, usufruía de um sistema de ônibus insuficiente e velho. A população não podia usar o Expresso Tiradentes. Kassab promete construir mais Metrô para acabar com a preocupação da população.

PANFLETO 4 – (pág. D-1)
“Kassab enfrenta e decide”

Cidade Limpa
1. § - Kassab fez o Cidade Limpa. Enfrentou interesses poderosos e tirou outdoors, faixas, grandes cartazes que poluíam a cidade. Limpou as ruas. Limpou terrenos baldios. Reurbanizou favelas. Reconstruiu pracinhas, calçadas, encheu a cidade de parques. Nunca antes um prefeito fez tanto e deixou a cidade tão limpa e tão aberta.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1o. parágrafo
- Os outdoors incomodavam a população;
- existem poderosos que querem manter a cidade suja;
- só Kassab é corajoso para enfrentá-los;
- as áreas que contém favelas estavam desurbanizadas;
- as praças, e calçadas da cidade estavam destruídas;
- Kassab foi o único da história que deixou a cidade limpa.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
Para o candidato, os ex-prefeitos, inclusive Marta, não se preocupavam com a os outdoors que estavam incomodando a população. Marta não teve coragem de enfrentar os interesses de poderosos da propaganda. A candidata não se preocupava com o conforto da população da favela e deixou de lado as vias públicas, com isso, a cidade estava suja. Marta não investe no bem estar da população da cidade.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
Kassab enfrenta os empresários da propaganda para manter a cidade limpa, as favelas urbanizadas e as vias públicas limpas e novas. O candidato se considera como o único candidato da história que deixou a cidade limpa e nova para o bem estar da população.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
A população estava incomodada com a poluição visual que pairava pela cidade e com a sujeira das vias públicas. A população precisava de um prefeito que deixasse a cidade limpa e aberta.

PANFLETO 4 – (D-2)
Rodízio para caminhões

1. § - No caso dos caminhões, mais uma vez Kassab foi contra a corrente, em defesa da cidade. Os grandes caminhões circulavam a qualquer hora e descarregavam mercadorias até no horário de pico, parando o trânsito. O rodízio só valia para os carros. Tem de valer para todos, diz Kassab.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Kassab enfrentou poderosos;
- Kassab estabelece a lei para todos sem exceção;
- Kassab segue a lei.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
O candidato deixa pressuposto que a candidata Marta não enfrentou os interesses de alguns em favor da população. Fica subentendido que a candidata não é a favor do direito de igualdade.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
Em relação ao rodízio de automóveis, o candidato Kassab deixa pressuposto que teve que enfrentar pessoas poderosas para poder conseguir controlar o trânsito da cidade. O candidato, além de criar a imagem de um lutador que representa o povo, se coloca como justo, estabelecendo uma igualdade de condição entre motoristas de carros e caminhoneiros.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
A população era vítima de carga excessiva de caminhões na cidade, o que prejudicava a deslocamento e não tinha um prefeito que se defende o direito de igualdade, em relação à lei de rodízio de automóveis da cidade.

PANFLETO 4 – (D-3)
Guerra à ilegalidade

1. § - Para proteger o consumidor, Kassab atacou sem medo as quadrilhas que vendiam gasolina batizada. 240 postos foram interditadas e 138 fechados.

Quadro dos pressupostos contidos no discurso:
Identificação dos parágrafos
Informações Implícitas

1. parágrafo
- Existem quadrilhas que distribuem gasolina na cidade;
- Kassab é corajoso para atacá-los e punir os postos.

IAB = a imagem que o candidato do panfleto faz do seu concorrente:
O candidato deixa evidente a imagem da candidata Marta como uma prefeita que não enfrentava as quadrilhas que adulteravam combustíveis na cidade e não protegia a população desses.
IAA = a imagem que o candidato do panfleto faz de si mesmo:
Kassab deixa evidente a sua imagem de prefeito protetor da população e que é corajoso para enfrentar integrantes de quadrilhas.
IAR = a imagem que o candidato(a) faz do referente do discurso, ou seja, das necessidades da população e/ou promessas de campanhas:
A população era vítima de quadrilhas e não tinha um prefeito que os defendessem. Kassab foi responsável pelo cumprimento da lei.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Diante da análise realizada podemos concluir que por meio do discurso os candidatos constroem sua imagem e, fica claro que por trás do que é dito existe o não dito que revela muito mais que a simples proposta que se encontra na superfície textual.
Podemos também verificar que esse discurso é construído e arquitetado pelos famosos marketólogos que como vimos moldam o discurso dos candidatos dentro de um modelo pré-construído baseado em pesquisas que apontam o tipo de discurso que melhor atinge as expectativas dos eleitores.


Esse tipo de discurso é fundamental para o sucesso da campanha do candidato, pois é por ele que o candidato alude os eleitores que, muitas vezes, conseguem acompanhar o candidato, apenas pelos panfletos distribuídos pela cidade. Esse material vai parar na mão dos eleitores e esses se confrontam com uma carga discursiva da qual tentamos demonstrar ao longo do trabalho.
O resultado de nossa análise apontou que tipo de intenção cada candidato deixou evidente em seu discurso. Como deixamos claro, nossa intenção era verificar os pressupostos do discurso dos candidatos Marta Suplicy e Gilberto Kassab, e com isso levantar as formações imaginárias no discurso de cada candidato, conforme a teoria proposta por M. Pêcheux.


Para finalizarmos nosso trabalho, verificaremos a seguir em que tipo de discurso cada um apostou, ou seja, qual deles empregou um discurso mais agressivo? Qual apostou mais na sua própria imagem? Qual deles apostou mais na difusão do plano de governo?


Resultado das formações imaginárias:

Qual deles empregou um discurso mais agressivo?


Podemos verificar na análise que, a candidata Marta Suplicy utilizou-se de mais adjetivos para caracterizar seu adversário Gilberto Kassab: não é realista, corajoso, criativo, não é carinhoso, não falar a verdade, é autoritário com a população, mentiroso, explorador da população, apóia empresários do transporte, apóia envolvidos em escândalos e promete e não cumpri. O atual prefeito apesar de utilizar-se do passado para expor e criar a imagem da candidata utiliza menos adjetivos para qualificar sua adversária como vemos: a prefeita não é trabalhadora, não tinha pulso firme, competência e lealdade para governar a cidade, não respeita a população, não respeitava as mães, não teve coragem de enfrentar os interesses de poderosos da propaganda, não se preocupava com o conforto da população da favela, não enfrentou os interesses de alguns em favor da população.


Podemos verificar que a candidata se preocupou mais em atingir a imagem do seu adversário Gilberto Kassab. Em seu panfleto, a candidata dividiu a atenção de suas propostas com as acusações contra o candidato como vimos nas formações imaginárias, portanto, fica evidente que a candidata teve uma maior preocupação em atacar o atual prefeito, o que podemos justificar como sendo uma estratégia política. Apesar de o candidato também aferir acusações descaracterizando a imagem da candidata, podemos verificar que ocorre com menos intensidade do que no discurso da candidata.


Qual apostou mais na sua própria imagem?

A candidata Marta associa a sua imagem a do presidente Lula e coloca sua imagem como uma prefeita que irá acabar com as desigualdades sociais e apoiar pobres, sanar os problemas da saúde e acabar com a violência; julga-se: realista, corajosa e criativa, defensora dos direitos dos trabalhadores, prestigiada no exterior, revolucionária, mais apropriada para resolver os problemas das comunidades carentes, acredita ser a solução para os problemas de saúde da cidade, trabalhadora e preocupada, obstina em relação à ascensão da população, carinhosa, atenciosa, preocupada com os problemas de cada região da cidade, acredita que permanece no imaginário popular, investidora da educação, trabalha pela saúde da população, só tem ônibus por que ela colocou, é responsável pela divisão de renda e de aumento de poder de compra dos pobres, lidera movimentos contra políticos envolvidos em escândalos, é preocupada com a educação, não se envolve em escândalos, promete e faz, é contra os empresários do transporte, vai reduzir a pobreza, cumprirá a promessa e associa sua imagem a do presidente Lula.

O candidato G. Kassab associa sua imagem a de Jose Serra (ex-prefeito), colocando-se como um prefeito: trabalhador, que tem visão de futuro, seriedade, competência, lealdade, responsável pelo avanço na área da saúde, responsável por ter tirado a população da lama e da poeira, tão grandioso que entrou para a história da cidade, preocupado com os milhares de trabalhadores, corajoso ao enfrentar os empresários da propaganda para manter a cidade limpa, as favelas urbanizadas e as vias públicas limpas e novas, julga a si como o único da história que deixou a cidade limpa e nova para o bem estar da população, corajoso para enfrentar pessoas poderosas para poder conseguir controlar o trânsito da cidade, protetor da população, corajoso para enfrentar integrantes de quadrilhas.


Tendo em vista a quantidade de enunciados a candidata elencou mais características a seu favor associando sua imagem a de uma prefeita: realista, corajosa, criativa, carinhosa e trabalhadora; fica evidente como a candidata se caracteriza como prefeita, uma imagem mais afetiva. Por outro lado, se verificarmos os enunciados do candidato veremos que sua preocupação foi em destacar sua competência, visão de futuro e coragem, o que revela uma preocupação em manter sua popularidade frente às pesquisas que o indicava como eleito no segundo turno.


Qual deles apostou mais na difusão do plano de governo?


A candidata Marta, no panfleto (1), preocupou-se em destacar o que havia feito de mais significante em sua gestão, e, em contraponto, destacou pontos na gestão de Gilberto Kassab com a intenção de desqualificar não só as realizações do prefeito, mas sua imagem negativa de quem tem atitudes semelhantes a ex-prefeitos mal vistos pela população, como o citado ex-prefeito Pitta.


Observando a composição dos panfletos e seus enunciados, fica claro que a candidata apostou mais na difusão de seu plano de governo do que o candidato Gilberto Kassab. Este se preocupou mais em apontar o que havia feito em seus dois anos de governo, como verificamos nos panfletos do candidato.


Fica evidente que, em véspera de eleição, os candidatos procuram alcançar seus objetivos por meio de discursos e construções imaginárias que, se não são bem analisadas, constrói uma rede interpelativa onde cabe apenas ao eleitor escolher aquele cuja imagem e propostas mais agrada como prefeito. Fica evidente, a necessidade de sempre verificarmos qual discurso eleitoreiro se encontra em determinado momento da eleição, para que, de fato, saibamos com que tipo de propaganda estamos expostos e que tipo de candidato nos são “oferecidos”.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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BRANDÃO, H. H. N. Introdução à Análise do Discurso. 5° ed., Campinas-SP, Editora da Unicamp, 1996.

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FIGUEIREDO, Rubens. O que é Marketing Político. 1° ed., São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.

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KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.

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TORRESAN, Jorge Luís. A interação Pastor X Fiel da Igreja Universal do Reino de Deus no Jornal Folha Universal – Um Jornal a Serviço de Deus. São Paulo, 2001, p.01. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem), Universidade Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.


[1] A AD da primeira época se caracteriza por uma posição estruturalista batizada pela noção de que um “sujeito-estrutura” determina os sujeitos como produtores de seus discursos. Contrapondo-se a uma filosofia idealista da linguagem atravessada pela evidência da existência espontânea do sujeito como fonte, origem ou causa em si e pela evidência do sentido, para Pêcheux, o sujeito não é um dado a priori, mas é constituído no discurso. Sentido e sujeito se constituem num processo simultâneo através da figura da interpelação ideológica. (Brandão, 2001: 66 - 67).
[2] Marta Teresa Smith de Vasconcelos Suplicy (São Paulo, 18 de março de 1945) é uma política e psicóloga brasileira, ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra do Turismo. A candidata é fliada ao Partido dos Trabalhadores (PT) que é um partido político brasileiro, o mais expressivo dentre os de esquerda. Fundado em 1980; detém atualmente a Presidência da República, na figura de Luís Inácio Lula da Silva.
[3] Gilberto Kassab (São Paulo, 12 de agosto de 1960) é um economista, engenheiro civil e político brasileiro. Atualmente, ocupa o cargo de prefeito da cidade de São Paulo. O candidato é fliado ao Democratas (DEM) que é um partido político brasileiro fundado em 24 de janeiro de 1985 com o nome de Partido da Frente Liberal (PFL), a partir de uma dissidência do extinto Partido Democrático Social (PDS), que era originário da Aliança Renovadora Nacional (ARENA).
[4] Preferimos utilizar esse nome citado por Rubens Figueiredo (1994) para denominar os estrategistas de marketing.
[5] “É na estigmatização da origem do mal que é preciso inscrever as estratégias de desqualificação do adversário, sendo este um dos pólos constitutivos do discurso político”. (Charaudeau, 2008: 92).